A
enorme paixão – e devoção absoluta – mostrada por aqueles que querem
desenvolver um corpo mais forte e musculoso é normalmente sua característica
mais marcante. Paixão por si só, é apenas paixão – um desejo intenso de
alcançar um objetivo. Sozinha, não é nada mais do que uma emoção cega, que
servirá apenas para levar o indivíduo a uma confusão sem volta, em meio a uma
neblina cinzenta.
A
base para uma abordagem racional do fisiculturismo – ou qualquer outra área – é
o reconhecimento de que apenas um conhecimento específico e apropriado pode levá-lo
a agir da forma necessária para atingir seu objetivo. A razão da NASA ser tão
espetacularmente bem sucedida em suas missões espaciais está enraizada no seu
profundo conhecimento e entendimento dos princípios envolvidos nas viagens espaciais.
Eles não “acham” ou “pensam” que sabem o que estão fazendo. Eles sabem, até o
menor detalhe, precisamente o que é necessário fazer. E quando cometem um erro,
e isso acontece, eles sabem que têm as referências (realidade) e os meios
(razão) necessários para corrigir o erro.
Um
fisiculturista racional entende que, uma vez estabelecido um objetivo, é
crucial atingir este objetivo – uma vez que as implicações no que tange a sua
auto-estima, confiança e felicidade são profundas. Ele não apenas quer afastar
o fracasso mas, conscientemente, ele procura seriamente o meio mais produtivo,
ou rápido (no sentido de não gastar muito tempo), de alcançar este objetivo.
Muitos
se iniciam no fisiculturismo com mais do que um simples desejo de desenvolver um
corpo mais musculoso. Tomados pela sensação de que suas vidas são importantes,
e uma grande realização é possível, eles aspiram conquistar os maiores títulos
de fisiculturismo. Já que o que cada um pode conseguir no fim, em grande parte,
é ditado pela sua programação genética, ninguém consegue antever o que conquistará
na sua carreira de fisiculturista ou quanto músculo conseguirá desenvolver. Uma
coisa que você tem em comum com Dorian Yates, Lee Labrada e eu é que todos nós
começamos infelizes com a nossa aparência e decidimos fazer algo a respeito.
Já
que nenhum de nós tem a possibilidade de saber, desde o inicio, quanto músculo
poderia desenvolver no final (já que o potencial só pode ser determinado, com
segurança, em retrospecto), esse é um aspecto que não tem importância no
desenvolvimento de um programa de treinamento.
O
que é realmente relevante é que qualquer um, independentemente dos ditames
genéticos, pode melhorar sua condição física atual. Com o programa de treino
ideal, deve-se perceber progresso em absolutamente todo treino, desde o início
do seu treino até que atinja o máximo do seu potencial genético
(fisiculturistas que utilizam o treino de volume têm expectativas tão pequenas
– os que não usam esteróides – que eles literalmente não acreditam que se pode
atingir o limite genético).
Eu
nunca me canso de ficar espantado com a enorme dedicação com que inúmeros
fisiculturistas treinam por meses, às vezes anos, sem nenhum, ou quase nenhum
progresso. Sem saber como avaliar corretamente seu progresso de treino para
treino, eles não sabem corretamente como direcionar seus treinos, dessa forma
desperdiçam freneticamente seu tempo tentando arbitrariamente, rotinas improdutivas
tiradas aleatoriamente de revistas de fisiculturismo.
Na maioria das vezes, o fisiculturista mistura, sem saber, treino de
força/hipertrofia de intensidade moderada com treino de resistência (usando o princípio
de que mais é melhor). E, porque o corpo tem uma capacidade adaptativa
limitada, acabam obtendo resultados mistos. Por exemplo: um pouco de força e músculo
e um pouco de resistência. O resultado final é que eles perdem tempo desenvolvendo
um físico que eles seriam capazes de desenvolver numa fração desse tempo, se
soubessem como ou, como frequentemente acontece, desistem por causa da
frustração e falha em atingir seus objetivos.
Existe
um princípio aplicado na fisiologia dos exercícios chamado “adaptação
específica à demanda imposta’, ou SAID (em inglês, Specific Adaptation to
Imposed Demands), que significa que o corpo se adapta de certa forma a certos
estímulos. Se o seu objetivo é trabalhar em grande quantidade, você deve
treinar de uma certa forma, por exemplo, utilizando uma intensidade moderada e
um alto número de sets. Se, por outro lado, seu objetivo é aumentar sua força e
seus músculos, você também deve treinar de forma específica, por exemplo, utilizando
alta intensidade com um número reduzido de sets. Não é como se o corpo tivesse
100 unidades de recursos disponíveis para ganho de força/massa e mais 100
unidades para melhora da resistência, você tem 100 unidades e ponto final.
Treinando a partir de premissas mixas, não trará resultados iguais aos que se
consegue treinando de forma objetiva e específica.
O que os fisiculturistas devem treinar para desenvolver especificamente, é a
força. Isso ai!!! Um treino visando o fisiculturismo deve ser desenvolvido
especificamente direcionado ao desenvolvimento da força. Por quê? Porque o
tamanho do músculo e sua força estão diretamente relacionados. Já há muito
tempo é sabido pela ciência que a força do músculo está diretamente ligada ao
tamanho do corte transversal do músculo. Isso, junto com o fato de que o corpo
tem uma capacidade limitada de adaptação, define que um programa de treinamento
eficiente deve ser feito exclusiva e especificamente visando o ganho de força.
Mas, se o seu objetivo é resultados mistos ou resultado nenhum em termos de
músculos, combine treino de força com treino de resistência. Mas se o seu
objetivo é desenvolver os seus músculos ao máximo no mínimo de tempo... TREINE
ESPECIFICAMENTE FORÇA!
Ouvindo esse tipo de afirmação, muitos culturistas protestam e dizem algo do
gênero “como força e tamanho podem estar relacionado se eu conheço caras
pequenos que erguem cargas maiores do que caras enormes??”. O erro fatal aqui é
a comparação entre dois indivíduos diferentes. O fato é que o cara pequeno só
conseguirá aumentar a sua massa a partir do momento em que conseguir aumentar a
sua força e o cara enorme só ficará ainda maior se aumentar a sua força. A aparentemente
maior força do cara pequeno se deve a existência de diversos fatores envolvidos,
como tendões mais favoravelmente posicionados ou uma eficiência neuromuscular
superior. Os músculos do indivíduo mais desenvolvido, apesar da capacidade de
contração maior, têm menor “força demonstrável” devido à presença de algumas desvantagens
como ossos maiores e ao fato de que, conforme o músculo cresce o seu ângulo de
contração se torna menos eficiente.
Não cometa o erro de se comparar com as outras pessoas. A única pessoa com a
qual você pode se comparar com certeza é... VOCÊ! Você só crescerá enquanto se
tornar mais forte e, se você se tornar mais forte de treino para treino, estará
no caminho certo.
Como dito acima, fisiculturistas que não entendem que devem treinar a sua
força, não sabem como direcionar seus esforços. Não sabendo como direcionar
seus esforços, muitas vezes desperdiçam meses ou anos, durante os quais eles
não vêem nenhum ou quase nenhum resultado. É como se eles estivessem esperando
um “ZAP!” saído do mundo místico de magos e desejos de onde um dia ele ganhará
seus desejados músculos.
Se você é esse tipo de indivíduo, acorde - e pare de desperdiçar tempo.
Presumivelmente sua vida e objetivos – pelo menos para você mesmo – são mais
importantes ou significantes do que qualquer missão espacial da NASA. Não
existe nenhuma boa razão - agora que você tem o conhecimento – para que você não
esteja, em breve, no caminho de desenvolver um corpo mais forte e musculoso.
Não existe mistério para isso. O conhecimento sobre a relação específica da
causa-efeito entre exercícios intensos e crescimento muscular existe. Quando
você está treinando direito – intensamente, infrequentemente e brevemente (mais
sobre isso nos capítulos 3 e 4), você verificará o progresso na forma de
aumento de força em todo os treinos.
Um pergunta que me é feita constantemente é: “Mike, se eu tentar o Hevy Duty,
eu verei resultados em seis meses?”. Minha resposta é: “Você não precisa
esperar seis meses, você verá resultados imediatamente – desde o primeiro
treino”. Progresso deve ser significante e imediato, desde o momento em que
você começar a usar a rotina e deve ser ininterrupto. Arthur Jones disse algo há
alguns anos de que esse progresso deve ser constante, desde o início dos
treinos e o fisiculturista deve ser capaz de – usando um programa de treino
correto, é obvio – atingir o seu grau máximo de desenvolvimento em dois anos.
Não demora 5 anos, ou mais, para se desenvolver um físico musculoso.
Ao mesmo tempo em que você deve esperar um aumento de força com regularidade,
nem todos podem esperar um aumento regular ou perceptível de massa. Para a
maioria das pessoas, o aumento de força precede o aumento de tamanho. Em outras
palavras, você ficará cada vez mais forte, por um período de tempo, sem que
fique maior. Eu não quero desencorajar ninguém. É importante entender isso por questões
de motivação. Conforme você cresce em termos de força, esse ganho de força
eventualmente levará ao ganho de massa. O quanto de músculo você conseguirá e
quanto tempo isto levará, é algo definido pela genética.
Eu era do tipo de pessoas que ganhava peso e massa de forma cíclica. Eu me
lembro de inúmeros períodos em que minha força aumentava regularmente, às vezes
por meses, sem que houvesse o mesmo em relação ao ganho de músculos. Sem saber
que o ganho de força precede o ganho de massa, esses períodos eram muito
frustrantes para mim. De fato, eu fiquei tentado várias vezes a desistir de
tudo, mais de uma vez, mas eu persisti, e meus ganhos de força finalmente
levaram a um ganho apreciável de massa. Eu tenho observado esse mesmo
comportamento em diversos dos meus clientes. Eles obtêm ganhos regulares de
força, durante meses, com pouco ou nenhum ganho de massa e então – boom! – num
curto período de tempo eles se vêem 2, 5, 6 kg mais pesados.
Por outro lado, muitos fisiculturistas experimentam um proporcional e
consistente ganho de massa. Um exemplo excepcional disso é um dos meus
clientes. Durante um período de 4 meses, sua força aumentou (ele aumentou peso,
repetições ou os dois) em todos os sets de todos os exercícios, num total de
quase 400 sets. Nesse período ele ganhou quase 16 kg de massa, a maior parte,
se não tudo, de massa magra, como ficou evidenciado pela sua definição. Essa
pessoa era tudo menos sedentária, ele ganhou mais músculo nesse período de 4
meses, com um programa de 3x por semana com treinos de aproximadamente 17 minutos, do
que ele ganhou nos seus 4 últimos anos, treinando 2 horas por dia, seis dias
por semana (quando eu conheci essa pessoas, ela estava praticamente desistindo
de treinar, por que ele acreditava não ter uma genética favorável ao ganho de músculos!!).
David Paul, dos famosos Barbarian Brothers, aproximou-se de mim um tempo atrás,
inconformado com o fato de não ter tido nenhum ganho em termos de massa ou
força nos últimos 5 anos. Durante esse período ele treinou até 4 horas por dia,
6 dias por semana. Durante o mês em que eu supervisionei o seu treino, cada um
dos seus 3 treinos semanais durou menos que 30 minutos e ele aumentou o peso do
seu agachamento em mais de 80kg enquanto ganhou pouco mais de 2 kg de massa
magra.
Aaron Baker, Mr. USA, é outro bom exemplo. Sem saber direito como direcionar
seus esforços para o Campeonato WBF de 1991, Aaron conheceu alguém que lhe
disse para usar o tão falado Sitema Europeu Oriental de treino, que o levou a
treinar por 3 horas por dia, todo dia. Em consequência, o peso de Aaron caiu de
106 Kg, densos e definidos para 93 sem densidade, e ele acabou em ultimo na
competição. Pouco tempo depois eu conversei com Aaron sobre os efeitos daquele
treino. Eu expliquei para ele porque, com um treino de alta intensidade bem
conduzido, ele teria ganhos contínuos. Ele, então, decidiu tentar, e depois de
alguns meses, o peso do seu agachamento subiu 136 kg, seu supino inclinado na máquina
aumentou de 180 kg para 300 Kg e seu peso corporal atingiu o seu melhor shape
com 115 Kg. Em consequência desse progresso e seu terceiro lugar no WBF 1992,
Aaron é hoje um grande defensor do treino de alta intensidade.
Muitos
fisiculturistas avaliam o sucesso de seus esforços de forma errada – se estão
ou não ganhando peso regularmente, ou até mesmo de forma diária. Isso é um
erro, se o seu peso aumenta, mesmo que de uma forma excepcional, não se poderá
percebê-lo diariamente, ou mesmo semanalmente. Um aumento de 15kg num ano, mais
do que um fisiculturista comum pode esperar ganhar, vai representar aproximadamente
40 gramas diárias, certamente pouco para fazer diferença na balança
diariamente, ou até mesmo numa semana.
Um aumento de 5-10 kg de massa por ano é um objetivo mais realista para a
maioria (e como a maior parte deste ganho será errática, não se pode esperar ou
predizer um ganho de peso regular). Isso pode não impressionar muitos, mas se
um fisiculturista conseguir manter um crescimento constante de 10 kg por ano
por dois anos, ele estará, obviamente – sem contar a perda de gordura – 20 kg
mais pesado!! Pense em 20 kg de carne em cima da mesa e você terá uma idéia do
quanto de músculo isso representa. O suficiente para transformar um adulto normal
de 80 kg em um Hércules de 100 kg.
Expectativas realísticas figuram essencialmente na formulação de um regime
nutricional. Uma vez que você entenda que o seu desenvolvimento não pode ser
medido diariamente, você estará menos sujeito a cometer erros nutricionais.
Aqueles que esperam ganhar peso de forma regular acabam sendo levado a consumir
toneladas de suplementos, e acabam com nenhum músculo, menos dinheiro, muita
gordura e mais confusão ainda!!!
Vamos assumir, pelo bem dessa discussão, que você tenha os requisitos genéticos
e treinará direito pelo próximo ano, então, você ganhará 5 kg de massa magra.
Isso significa 12 gramas de músculo por dia.
Precisamente quanto de comida você precisa para prover a sua necessidade
nutricional para manter esse crescimento é simples de calcular. Se 0,5 kg de
músculo necessita de aproximadamente 600 calorias para ser construído e você
ganhará 5 kg, então deverá consumir 600 x 10, ou seja, 6.000 calorias por ano acima
do que você necessitaria para manter o seu peso. É isso mesmo, 6.000 calorias
por ano. Não diariamente, semanalmente ou mensalmente, como vendedores ambulantes
querem que você acredite, você só precisa de 6.000 calorias a mais POR ANO!!!
Fazer um planejamento alimentar baseado em necessidades anuais é difícil. Para
saber quantas calorias extras você precisa diariamente, divida 6.000 por 365
(número de dias do ano), e você terá 16 calorias a mais por dia. Isso
certamente não é muito, talvez duas mordidas em uma maça.
Muitos fisiculturistas cometem o erro de se forçarem a comer centenas de gramas
de proteínas extras e centenas de calorias extras por dia além do nível de manutenção
– na crença errônea de que fazendo isso conseguirão acelerar o processo de
crescimento. O corpo tem necessidades nutricionais diárias específicas. O
conceito operacional aqui é NECESSIDADE. A palavra necessidade, nesse contexto,
implica que o limite não pode ser excedido. Consumir mais comida do que você
precisa para manutenção do seu peso e atividades, e aquele pouquinho a mais
para crescer, só resulta num acúmulo de gordura.
Ao contrário do que os fabricantes de suplementos gostariam que você
acreditasse, o músculo não é feito só de proteína. De fato, o músculo é
composto de 72% de água em um indivíduo normal e saudável, e apenas 22% de
proteína, o resto é material inorgânico e gordura. Se os fabricantes e revistas
fossem verdadeiros ao princípio que pregam de que mais é melhor, eles estariam
defendendo que você bebesse galões de água por dia. Água consumida além da necessidade
é excretada. Esse mesmo luxo não se aplica ao consumo exagerado de proteínas e
carboidratos, porque eles contêm calorias. Calorias consumidas além do
necessário para manutenção e crescimento vira gordura.
Muitos fisiculturistas estão, na verdade, superalimentados, e mesmo assim não
tem progressos satisfatórios. Isso demonstra que o problema não é falta de
alimentação, mas de estimulação correta do crescimento.
Um comum conceito errado é o de que fisiculturismo é 80% alimentação e 20%
treino. Isso implicaria dizer que, não importa o quanto você treine, ou mesmo
se você treina, bastaria comer muito e você cresceria. Outro, e mais recente,
conceito falso é o de que não existe overtrainning , apenas under-eating
(subalimentação). A Implicação aqui é que se você apenas aderir à
super-alimentação, você poderia estender infinitamente o limite de quanto você
pode estimular o seu corpo a crescer. Isso não é verdade porque a reservas de
elementos bioquímicos usados no processo de estimulação e crescimento é
limitado e não pode ser instantaneamente reposto, não importa o quanto você
coma, a quantidade de exercícios que você pode suportar, antes de entrar em
overtrainning, é limitada. Todos esses conceitos são apresentados fora de
contexto, nem uma teoria ou pequena evidência pode dar suporte a essas
afirmações. Pela lógica, essas são afirmações arbitrárias, sem base,
perpetuadas por pessoas que tencionam, apenas, vender suplementos aos mais
desavisados.
Nutrição, no que diz respeito ao fisiculturismo, é bem simples. O mais
importante de tudo reside na necessidade de se esforçar para comer direito, uma
dieta bem balanceada, que por definição é aquela que te dará todos os
nutrientes necessários para a manutenção da saúde e um pouco para o crescimento.
Sem dúvidas, o treino em si é a parte mais importante nesse caso e a nutrição é
secundária. O crescimento deve, antes de tudo, ser apropriadamente estimulado
através de um programa de treino de alta intensidade. Então, nutrientes
suficientes devem ser ingeridos para manter a massa corporal existente e mais
um pouco para suprir e necessidade de crescimento dada pelo estímulo conseguido
treino a treino.
Ficou determinado pelo Departamento de Agricultura do EUA (presumivelmente um
grupo objetivo o e correto, sem interesses na venda de suplementos) que uma
dieta balanceada deveria conter uma porção recomendada de cada um dos quatro
grupos básicos de comida: 1) cereais e grãos, 2) frutas e vegetais, 3) carne,
peixe e aves, e 4) leite e derivados.
Suplementos nutricionais foram desenvolvidos décadas atrás para serem usados,
como o nome mesmo diz, como suplementação para corrigir deficiências que se
originassem de problemas de saude. Eles nunca tiveram a intenção de substituir
comida de verdade na dieta que pessoas saudáveis estavam consumindo.
Considerando a escala de conhecimento válido sobre nutrição e treinamento que
existe, é curioso que poucos procurem por ele. Mesmo os que não acreditam que
uma hora de treino por semana é suficiente para gerar um ganho de massa
otimizado, ou que uma dieta bem balanceada é suficiente para gerar esse crescimento,
deveriam, pelo menos, considerar essas idéias. Para aqueles que são imunes aos
apelos da teoria racional de treino, há muitos exemplos de sucesso – meu
sucesso, do meu irmão, Casey Viator e Dorian Yates, entre outros – para mostrar
que a abordagem do Heavy Duty produz resultados válidos e excepcionais. Mesmo
que o treino de alta intensidade trouxesse resultados iguais aos conseguidos com os
treinos tradicionais de volume, 6 dias por semana, não seria correto dizer que
ambos os métodos são equitativos. Aquele que necessita de menos tempo de
treino, mesmo dando os mesmos resultados, será o mais produtivo.
Considerando o que você sabe agora, pergunte-se: estou obtendo dos meus treinos
tudo o que eu posso? Posso ainda justificar perder 12-24 horas por semana na
academia sem nenhum ou pouco sucesso? E se eu pudesse ter mais resultados
perdendo menos tempo na academia?
Em um dos seus Nautilus Bulletins, Arthur Jones escreveu: ”Só é racional
utilizar aquilo que existe em quantidade limitada da forma mais econômica
possível”. Apesar de estar falando sobre a habilidade de recuperação, é
igualmente verdade que o tempo que temos para atingir nossos objetivos é
limitado. Um indivíduo racional não pode desejar passar mais tempo na academia
do que o necessário para se conseguir o resultado desejado. Isso nos deixa
tempo para perseguir outros valores racionais, como conhecimento, dinheiro,
relacionamentos, coisas que podem fazer a nossa vida algo mais completo, bonito
e recompensador.
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Dorian Yates, pesando
sólidos 120 Kg, um mês antes do Mr. Olympia de 1992 |
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